segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O dia

No estralar dos dedos

Esfarelam-se segredos

Aqui jaz...

Por má fé ou por medos

Incapaz...

Pose ou empregos

Satisfaz...

Fama ou desejos

Quem dá mais...

Vidas viram brinquedos

Descanse em paz....

Enxurrada de convites e apostas

Fura olho age é pelas costas

Sai da arte minha resposta

Tá com nojo... não encosta

Vem dulixo... mas num é bosta

Serventia da casa...faz favor...é a porta

Respeito é desde berço

A rua é o endereço

Várias almas pelo avesso

Testa a fé...pega o terço

Ser feliz tem seu preço

Rever valores o recomeço

Subo ao pódio se mereço

Amizade a recompensa

Glamour é rango na dispensa

Qual futuro que tu pensa?

Por cobiça...aliança e desavença

Crianças que sofrem...paga a inocência

Pros fracos só resta a covardia

Barriga cheia de cabeça vazia

Balança o rabo igual cachorro em sinal de alegria

Perpetua a espécie...anomalia

Faz de privada e soterra a moradia

Ainda há tempo...é utopia?

Por comodismo um sonho se adia

Feijão não cozinha em banho-maria

Mente sem uso atrofia

Se quer mudar hoje é o dia

O amanhã é ilusório...nunca chega

Se Moscar...já foi...perde a cena

A linguagem lhe parece grega?

Arregala o zóio e espalha nega

O David venceu Golias...deu zebra!

Tubarão

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