terça-feira, 31 de maio de 2011

Arte que vem dulixo

Do mundo sou o imundo...o lodo...a podreira ...

o que dá nojo...a lama...o resto de feira...

o móvel velho e tronxo...a camada de poeira...

sou dejeto...sou incomodo...

o que atrai ave de mal agoro...

miolo de saco preto...o chorume que escorre pro centro...

o barro no tapete vermelho...a cara feia do espelho...

o estorvo na esquina...

a fumaça que irrita a retina...

vírus que dissemina e contamina...

sou água parada...empossada...

o mal cheiro que exala da vala lotada...

sou caixa de papelão amontoada...

amassada...vazia e pesada...a preço de nada...

o que virou cama na calçada...

sou coisa sem uso quebrada...

entulho do quarto da empregada...

pros mais entendidos...sou resíduo...

sólido ou liquido...gasoso ou pastoso...

cuidado posso ser venenoso...

sou inquilino de terreno baldiu...

aquilo que um dia serviu...o que você consumiu...

a fruta estragada que do pé não caiu...

entulho na margem do rio...

sou problema ambiental...social...

obsoleto virou banal...

esquecido em qualquer quintal...

o que pode te fazer mal...sinonimo de marginal...

o que não foi reciclado...

abandonado depois de usado...

desvalorizado...pelo tempo o quadro desbotado...

Mas não me dei por rogado...

O que não mata engorda...já diz o ditado

Peguei todo esse lixo que a mim foi doado...

Fiz dele minha arte e deixei meu legado...

Pra eu estar em movimento...é só não ficar parado

Mas por você...fui subestimado...

É só olhar pro passado...

Se eu tivesse te escutado...

Hoje estaria ao seu lado...

Mas cá pra nóiz tiu... lugar de vencedor...

Não é junto de derrotado.

tubarão

Nó na orelha...Criolo


Para assistir a gravação, email para platéia...
marciocezar@tvcultura.com.br

Exposição Teto e Tinta...

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Pé de Valsa


"O pé de valsa errou o passo...

Bailou fora do compasso...

Jà era um abraço...

Pro jurado é sem perdāo...

Uma carreira de fracasso...

Reprovado nesse espaço...

Foi dançar em outro salāo."

Tubarão

domingo, 29 de maio de 2011

Exposição Teto e Tinta


Com grande satisfação que a Dulixo recebeu o convite para participar da 2º Edição da Exposição Itinerante TETO E TINTA nossa arte estará presente... quem puder comparecer segue abaixo o dia local e horários que funcionará a exposição...fortalece...

Local: Espaço Casa Bola – Av. Faria Lima, 2889

Data: 1º a 19 de junho

Horário: das 10h às 14h e das 17h às 21h, de seg. a sex;

das 10h às 21h de sáb. e dom.



Na 1ª edição participaram 42 grandes artistas e foram vendias quase 20 casinhas, o que possibilitou o financiamento integral da construção de 2 casas, das dezenas que foram construídas no período pelo TETO. Agora o espaço é maior e a expectativa é expor + de 100 casinhas p/ atingir a meta de construir 5 casas.
Se você ainda não conhece o belo trabalho dos voluntários do TETO veja os videos aqui:



trampo do Mundano


Sobre Um Teto para meu País - Brasil


Um Teto para meu País (UTPMP) é uma organização que trabalha para melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem em condições de extrema pobreza por meio de construções de casas de emergência e planos de desenvolvimento social. A organização tem como objetivo posicionar o seu trabalho para se tornar referência no combate à extrema pobreza na América Latina. No Brasil, são desenvolvidas constantes ações a fim de divulgar para toda a sociedade a atuação com as famílias mais vulneráveis do continente. Desde que iniciou sua atuação no Brasil UTPMP já construiu 473 casas de emergências para pessoas em condição de extrema pobreza na Grande São Paulo. A ONG conta com a colaboração de doações de pessoas físicas e de grandes empresas para realizar as construções e mudar o cenário da desigualdade na América Latina.


Histórico da Um Teto para Meu País


Por iniciativa de um grupo de jovens universitários, a organização nasceu no Chile, em 1997. O objetivo inicial era denunciar, através da construção de moradias de emergência, a pobreza em que viviam milhares de latino-americanos. Em 2001, após dois terremotos na região do Peru e de El Salvador, que pioraram a vida das comunidades daquelas regiões, a ação passou a se expandir no continente. Hoje são mais de 400 mil voluntários e 76 mil famílias já beneficiadas nos 19 países em que a organização está presente: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Mais informações em www.umtetoparameupais.org.br

Informações para a imprensa:

Daniella Dolme

Diretora de Comunicação

Um Teto para meu País – Brasil

(11) 3675-3287 / 9232-9920


"Alicerces da Voz, Cadências do Verbo"

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Edicões Toró convida para o encontro "Alicerces da Voz, Cadências do Verbo: Escritoras de Brasil, América Latina e Áfricas"

Debates, sambas, recitais e cenas - Na Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima: Rua Henrique Schaumann, 777 – Pinheiros, São Paulo/SP

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Quais teias algumas escritoras e poetas negras brasileiras, africanas ou latino-americanas vão preparando nas beiradas dos espelhos oficiais? Que apetites abrem em nossas leituras? Como salgam as páginas brancas?

Como afinam suas urgências, suas ancestralidades? Como mergulham nos temas, afiam seus estilos e bailam a expressão nas contradições da veia, do cotidiano e das lutas necessárias e imperfeitas?

Se a literatura é uma casa do pensamento, por quais quintais do pulso, da pele e do coração passa a sua alma?

Aqui o convite pra desfrutar o sabor das mesas de debate. E das sobremesas também, com as cenas e cantorias, a versação e a dança engenhadas por mulheres arteiras e matuteiras que vivem e recriam estas perguntas.

Tudo começando com a homenagem necessária à oralidade, ao corpo que canta e aquece comunidades com melodia e ritmo, representado no encontro pelas mulheres do samba.

Positividade

Allan da Rosa - Edições Toró - www.edicoestoro.net

*Sexta-feira 03/06, às 19hs - Voz, Fonte da Letra - Mulheres & Samba:

Raquel Trindade (Pintora, Coreógrafa, Escritora)

Maria Helena (Embaixatriz do Samba de SP, Presença Histórica na Rosas de Ouro),

Claudia Adão (Porta-bandeira da Flor de Vila Dalila)

Apresentação: Adriana Moreira canta "Elizeth, Clara e Elza"

*Sábado 04/06, ás 19hs: África e Américas Negras

Ana Paula Tavares (Poeta de Angola) por Cristiane Santana (Professora e Pesquisadora de Literaturas Africanas)

Paulina Chiziane (Romancista de Moçambique) por Ianá Souza (Pesquisadora de Literaturas Africanas)

Marise Condé (Romancista de Guadalupe) por Luana Antunes (Professora e Pesquisadora de Literaturas Africanas)

Apresentação: "Me gritarón negra", com Danielle Almeida e Luciane Ramos cantando e dançando letras de mulheres negras sul-americanas.

*Sexta-feira 10/06, às 19hs: Latino-América

Laura Esquivel (Romancista do México), por Sonia Bischain (Jornalista, Romancista e Poeta do Coletivo 'Sarau da Brasa')

Gioconda Belli (Poeta e romancista da Nicarágua), por Carolina Teixeira (Artista Plástica e Poeta)

Rigoberta Menchú (contista e líder indígena da Guatemala), por Lucía Tennina (Professora de Literatura na Universidad de Buenos Aires, pesquisadora da literatura periférica de SP)

Apresentação: "Agua de Lluvia", com Amandy González (poeta, atriz e dramaturga paraguaia)

*Sábado 11-06, às 19hs – Negras Brasileiras Contemporâneas:

Conceição Evaristo (Poeta e romancista) , por Evani Tavares (Atriz, Pesquisadora de Teato Negro e Escritora)

Maria Tereza (Poeta e Atriz), por Renata Felinto (Artista Plástica, Educadora e Pesquisadora)

Cidinha da Silva (Contista e Cronista), por Flávia Rios (Socióloga e Professora)

Apresentação: "Quando as palavras sopram os olhos... Respiro!" (baseado em textos da escritora cubana Tereza Cárdenas), com a Companhia Capulanas

Concepção, curadoria e mediações: Allan da Rosa