segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Dia de Feira
Daqui de onde estou
Vejo uma cena que já não me assusta....infelizmente
Segue a disputa
Por sobra de verdura...legume ou fruta
Reparo ao meu redor...todos parecem não perceber
Prosseguem entretidos com a porra da tv
Lá fora a batalha continua ...pra ter o que comer
Meu estomago agora dói
A revolta por dentro me corrói
Me imagino no lugar daquele homem
Que faz banquete de restos... pra não morrer de fome
Uma mulher na minha frente...diz que ta com nojo
Daquele bando de indigentes
Fico indignado...mais por um parceiro sou acalmado
Como pode tanta covardia...tanta indiferença
Como pode ser normal toda essa indecência
Percebo que estou sendo observado
Por um olhar triste e faminto de uma tia
Que do lixo tira alimento da família
Sinto o suor no meu rosto escorrendo
Não consigo mais ficar aqui dentro
O que vim fazer aqui até desisti...só lamento
Consigo a atenção de um homem de branco e preto
Que percorre o recinto de ponta a ponta
Pois não senhor...
Por favor garçom.... traz a minha conta.
Tubarão
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