quarta-feira, 13 de maio de 2009

Herança

Que lugar é esse que cresce tão depressa?
Pra que tanto carro?
Pra que tanto prédio?
Pra que tanta sala ?
Pra que tanto tédio?
Felicidade com data de validade.
Liberdade assistida via satélite.
Fazendo de privada sua propriedade.
Os monstros dos contos infantis...
Hoje portam canetas que mais parecem fuzis...
Alguns apontados para si.
De natureza má surgem mares de produtos...
Alguém segue falando sozinho com a solidão
Trocam-se sonhos por papéis...Desapego da alma..
Corpos virados ao avesso...
Tentativas frustradas de sucesso...
Sentimento na sola do pé.
Trancado num comodo de concreto...
Pedaços de vida de um quebra-cabeça incompleto.
Olhos perdidos espelindo medo
Mãos estendidas aos montes..mais só para empurrar
Ouvidos antenados prontos pra condenar.
Várias janelas acessas de auto estima apagada.
Vagões de um trem desgovernado...
Nem o planeta aquece tanto coração gelado.
O futuro segue a banho maria
Conformismo 3 vezes ao dia.
Desculpe-nos o transtorno...Homens em desenvolvimento.
Meio ambiente é tudo meu filho...Não só o cimento.
Por favor moço tem remédio pra ganância?
Ordem, progresso e bonança.
Na UTI agoniza a esperança...
Pras nossas crianças...
Cavalo de tróia como herança!
Tubarão

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