quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um domingo qualquer...



era para ser
um domingo
qualquer.

mas aquela mulher
quis fazer intervenção.
eu não tinha a intenção
de voltar naquele lugar.
mas ela foi me ligar
bem na parte da manhã.
essa hora o meu afã
esta aberto com os chakras.
e ela, muito velhaca,
me fez falta com os dois pés.
esqueci todo o revés
da nossa situação
e me meti no busão
que sempre desanda
para onde ela manda.
(era esse o lugar)
cheguei na casa dela
com uma flor amarela
e um sonho de valsa
no bolso da calça.
ela fez mil reverências
e disse que minha ausência
as vezes gritava muito...
e que tinha o intuito
de fazer um macarrão.
pegou na minha ereção
e se meteu na cozinha.
ouvi a minha vozinha
dizendo na mente: "fudeu!
será que você esqueceu
como foi o ultimo fim?"
ouvi também um "plim-plim"
que vinha da televisão,
andei até o fogão
aonde a agua fervia
e pus em cima da pia
essa mesma poesia.
ela me olhou espantada
e eu sai sem dizer nada.

você vê como é,
era pra ser
um domingo qualquer...

por O Augusto

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