terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

do pier para o museu

por tobias ducontra

o desbravador da dulixo tirou a preguiça tupi guarani das costas e foi conferir a exposição de dentro para fora / de fora para dentro, no masp, na cidade de são paulo, antes que acabe (vai até dia 5 de fevereiro). muita expectativa, algum receio, visto que arte de rua dentro de museu ainda é um pouco novidade e um tanto quanto contraditório. mas como já disse o latejante cineasta responsável por amarelo manga: adoro as contradições. e adorei a exposição de carlos dias, daniel melim, ramom martins, stephan doitschinoff, titi freak e zezão. Apavoraram as paredes do masp. Imperdível o traço freak du titi, as intervenções em locais inusitados du zezão, que o mano tubarão já expôs aqui, no blog da dulixo, o talento psicodélico du ramom, o universo infantil-perverso-multi-colorido-kbuloso du carlos, os estênceis e os livros negros do melim, o “novo asceticismo” do stephan, enfim, a exposição toda. nos links existentes no endereço eletrônico do masp (masp.art.br) você pode ver um pouco da capacidade e criatividade de cada um, como o peixe feito pelo ramom e pelo titi, aká exposto. du caralho. parabéns rapaziada e agora vamos para a parte que mais me gusta: reclamar. é proibido tirar fotos lá dentro. vê se pode. não pode. ora, não é arte de rua? se na rua estivesse não poderia ser fotografada? só porque está no masp num pode? num freud. patifaria. todas as fotos aká expostas, com exceção à foto do peixe colorido, foram tiradas ilegalmente, sem permisso, que delícia. ah, já ia me esquecendo. além da exposição, tive outra surpresa muito legal. na entrada do masp encontrei um vendedor da revista ocas – saindo das ruas. fiquei muito feliz ao saber que a publicação ainda existe, que o projeto continua. para quem não conhece, trata-se de uma revista que procura ajudar a vida das pessoas em situação de rua (ocas.org.br). na capa da edição nº 69 (janeiro/fevereiro de 2010) está o bubi, ops, marcelo tas. e lá dentro tem uma matéria com calma, vulgo stephan doitschinoff, o cara que se expressa até em lápide de cemitério. coincidências que me deixam com aquela sensação meio matrix. e, para piorar minha paranóia, no mesmo dia, só que de noite, já em santos, pelos balcões da carlos gomes, no marapé, vi um rapaz com uma camiseta com intervenção do zezão. só pode ser alucinação. ainda deu para tirar fotos das esculturas expostas no vão. deu até tesão. lembrei da minha ex de tetão. adoro rimar com ão, jão.


tobias ducontra é antropólogo gonzo, desbravador da dulixo, não usa maiúsculas, vagabundo nato, santista, folgado, bate bem, mora longe, mas não se esconde, adora trocadilhos infames e outras cosssitas mas.

peixe colorido du freak e ramon


zezão nu masp

carlos dias nu masp

freak nu masp

nu vão du masp

novo ascetisimo

melim nu masp

3 comentários:

Anônimo disse...

Tubarão,

o blog tá show, parabéns!

abs.

sérgio vaz

stella disse...

ahahaha adorei!

Zé Luiz disse...

todo gonzado ! haha.

mandou bem malandro !