sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Coletivo Cultural Esperança Garcia
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Arte postal para Mumia Abu-Jamal
Inundemos a Casa Branca com arte postal para Mumia!
O ex-Pantera Negra, jornalista e ativista negro estadunidense Mumia Abu-Jamal, "símbolo internacional contra a pena de morte", um dos mais conhecidos e estimados prisioneiro político do mundo pode voltar a ser condenado à morte. Exijamos um novo julgamento justo para ele! Mande a sua solidariedade num cartão postal! Mumia livre já!
Envie o seu cartão pessoal, “Arte postal para Mumia”, à Casa Branca, a qualquer hora, durante a semana de 24 de abril de 2010. Nesta data, 24 de abril de 2010, acontecerá o 56º aniversário de Mumia Abu-Jamal.
Endereço para o envio do postal:
Barack Obama
The Whitehouse, 1600 Pennsylvania Ave ., Washington, D.C. 20500 - USA.
Envie pinturas, gravuras, desenhos, colagens, esculturas, fotos, letras desenhadas artisticamente e tudo mais que sua criatividade permitir.
Porquê enviar os cartões artísticos para a Casa Branca?
A arte é uma forma de expressão que não precisa de tradução. Ao enviar o seu pedido criativo para a Casa Branca demonstrará o apoio a nível mundial que ele tem, e chamar a atenção para a prisão injusta de Mumia. Também para dizer ao governo dos EUA que estamos com Mumia e esperamos que ele não seja EXECUTADO! Queremos Mumia vivo e livre!
Se possível envie uma foto, cópia ou algum tipo de registro do seu trabalho para: "Art Show. Mumia lives in Solitary Confinement one hour from Pittsburgh". Todas as contribuições serão respondidas.
Endereço: Mailart 4 Mumia, 3807 Melwood Ave, Pittsburgh, PA 15213 – USA.
E-mail: mailart4mumia@gmail.com
Mumia Abu-Jamal é um ex-integrante do Partido dos Panteras Negras, se tornou jornalista na Filadélfia e ficou popular com o seu programa de rádio "A voz dos sem-voz". Já escreveu seis livros. Está há quase 30 anos em isolamento total no corredor da morte nos EUA, falsamente acusado pela morte de um agente policial.
Em 27 de março de 2008, o Tribunal Federal de Apelações dos EUA anulou a sentença de morte, convertendo-a em prisão perpétua. Em abril de 2009 o Supremo Tribunal Federal dos EUA recusou o último recurso legal de Mumia Abu-Jamal para um novo julgamento, restando apenas por decidir um pedido da acusação para o restabelecimento da pena de morte a Mumia, o que poderá levar à sua execução imediata.
A seguir uma pequena lista de sítios com a história de Mumia Abu-Jamal, atualizações e informações sobre o caso, o panorama jurídico, entrevistas em áudio, filmes, vídeos do YouTube, e ensaios radiofônicos de Mumia.
Jornalistas pró-Mumia Abu-Jamal (ótimo sítio, repleto de links para outros, áudio e vídeo na coluna do lado direito: http://abu-jamal-news.com/
Liberdade para Mumia Coalition, NYC: http://www.freemumia.com/
Liberdade para Mumia, San Francisco: http://www.freemumia.org/
Educadores por Mumia: http://www.emajonline.com/
The MOVE Organization: http://onamove.com/
Rádio, informações e debates sobre Mumia, atualizado semanalmente:http://prisonradio.org/mumia.htm
Filmes Online:
Framing an Execution: Mumia Abu-Jamal e os meios de comunicação (escrito por Danny Glover):http://video.google.com/videoplay?docid=2537462601888502694#
"Um Caso de Dúvida Razoável, Documentário HBO: http://www.youtube.com/watch?v=uT3ubcPE1aU
Entrevistas com Mumia, em vídeo:
From Death Row: http://www.youtube.com/watch?v=KRGFZ1eLJO4
Mumia, sobre Partidos Politicos: http://www.youtube.com/watch?v=v_hLAmMM_aE
Mumia, sobre Economia: http://www.youtube.com/watch?v=kQjmHQU0VE4
Mumia, sobre Prisões: http://www.youtube.com/watch?v=37u3sPHjrro
Mumia, Lutando Pela Minha Vida: http://www.youtube.com/watch?v=OD130EKCOsE
Tradução > Liberdade à Solta
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Somos o que somos?
O dia
No estralar dos dedos
Esfarelam-se segredos
Aqui jaz...
Por má fé ou por medos
Incapaz...
Pose ou empregos
Satisfaz...
Fama ou desejos
Quem dá mais...
Vidas viram brinquedos
Descanse em paz....
Enxurrada de convites e apostas
Fura olho age é pelas costas
Sai da arte minha resposta
Tá com nojo... não encosta
Vem dulixo... mas num é bosta
Serventia da casa...faz favor...é a porta
Respeito é desde berço
A rua é o endereço
Várias almas pelo avesso
Testa a fé...pega o terço
Ser feliz tem seu preço
Rever valores o recomeço
Subo ao pódio se mereço
Amizade a recompensa
Glamour é rango na dispensa
Qual futuro que tu pensa?
Por cobiça...aliança e desavença
Crianças que sofrem...paga a inocência
Pros fracos só resta a covardia
Barriga cheia de cabeça vazia
Balança o rabo igual cachorro em sinal de alegria
Perpetua a espécie...anomalia
Faz de privada e soterra a moradia
Ainda há tempo...é utopia?
Por comodismo um sonho se adia
Feijão não cozinha em banho-maria
Mente sem uso atrofia
Se quer mudar hoje é o dia
O amanhã é ilusório...nunca chega
Se Moscar...já foi...perde a cena
A linguagem lhe parece grega?
Arregala o zóio e espalha nega
O David venceu Golias...deu zebra!
Tubarão
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
São Lourenço proíbe rap e funk no Carnaval
Decisão da Prefeitura foi tomada em conjunto com representantes da Segurança
“Que tempo bom, que não volta nunca mais (...)”, esse pequeno refrão é parte de uma música do Thaíde e DJ Hum. Para quem não sabe, a dupla ficou famosa nos anos 80 por lançarem o Rap – ritmo e poesia – no Brasil. Saudade do tempo em que a ditadura ia por água abaixo, junto com a censura e era possível cantar os protestos e pregar a paz, o amor, a união e a diversão, incentivadas por Afrika Bambaataa, pai da cultura hip hop.Entretanto, não é de hoje que a cultura feita nas ruas vem sendo depreciada e barrada em eventos, como aconteceu na Virada Cultural em 2008 quando o palco do “Baile Chique” foi colocado a quilômetros de distância das demais atividades e policiais, com a agressividade costumeira, revistavam os adeptos da cultura, tratando-os como bandidos. A novidade fica por conta da decisão tomada pela prefeitura de São Lourenço, que proibiu, através de um decreto o rap e o funk no Carnaval. Se eu quiser estar na cidade e dançar ao som de James Brown ou do rei do pop Michael Jackson não vou poder?! Ah ...porque eles fazem funk. Quer dizer que eu, como jornalista e muitos de nós, escritores da nova geração contemporânea e referência nacional somos pessoas que incitamos a violência o desrespeito à autoridade?Será mesmo? Porque sou adepta do hip hop e por conseguinte do rap ! Adoro o ritmo e as letras nacionais. De Racionais MC´s ao novo Emicida, passando por raps regionais como o do grupo UClanos e do Elemento.S da capital mineira. Voltamos ao tempo da ditadura, da censura. Proibir determinado estilo porque querem resgatar o axé e as marcinhas?Não estou dizendo que uma música é melhor do que a outra, mas o decreto (absurdo) dita regras para a festa popular. Se é popular é feita pelo povo. Isso está claro e não deve ter restrições quanto ao estilo musical ou manifestação cultural. Sim, porque o funk, seja o antigo ou o carioca, gostem ou não, são manifestações culturais. Crime ou cultura? O som dá medo...e prazer ! E isso está presente em teses de doutores, em livros de escritores urbanos e contemporâneos e sendo ensinado nas escolas, quer queiram, quer não. Além da execução pública do rap e do funk pelos grupos que participam do Carnaval o decreto proíbe os estilos até mesmo em carros particulares que circulem pela área onde ocorre o Carnaval.Aaaah, dá licença. Não vou a São Lourenço, mas se vivesse na cidade, escutaria o que quisesse no carro, seja onde fosse. O carro é meu, o som também. O gosto então, nem entro nesse mérito. Qualquer pessoa tem o direito de ir e vir. Mais ainda de ouvir o que quiser onde quiser. Faça-me o favor. É Carnaval. É festa popular. É manifestação. Aliás, a maior do país. Como assim eu não posso ouvir e dançar ao som do rap e do funk?! A notícia diz mais, que a decisão foi tomada pela Prefeitura em conjunto com o juiz do Juizado Especial, Ronaldo Ribas (parabéns, magistrado), representantes da Polícia Militar e do setor de turismo da cidade. Segundo a notícia, a proibição tenta preservar uma festa baseada em seus ritmos originais. Não por nada, mas o funk já se tornou um ritmo original no Brasil. O rap, a mesma coisa. Por que proibir? Por que incomoda tanto?Uma cidadezinha do interior mineiro pode calar alguns gatos pingados que vão para a estância curtir o Carnaval, mas não consegue calar o grito de protesto que emana dos becos, guetos e vielas de todo país, seja por meio da oralidade do rap, das batidas do funk ou da literatura marginal, que se utiliza destas e de outras armas, dadas por esta mesma comissão de segurança carnavalesca, para guerrear contra a humilhação, a repressão e a censura. Conseguem calar, mesmo que brevemente, algumas pessoas em seus carros e em seus blocos de Carnaval, mas não vão parar a nossa mídia, o jornalismo e tampouco a literatura. Pensaram que não sabíamos ler e estamos escrevendo livros. Tomem conhecimento disso, elite. Escrevemos sobre rap, escrevemos sobre funk, nossa cultura o hip hop. Somos marginalizados mas não nos tornamos marginais. Temos sim, direito de trabalhar e exercer nossas profissões e ainda mais, de termos o que os outros estilos musicais têm. Temos o DIREITO de cantar a nossa música. No mais, acho que todos queremos é a Paz.
Jéssica Balbino – mineira, 24 anos, moradora da periferia de Poços de Caldas, jornalista formada, autora do livro Hip Hop – A Cultura Marginal, integrante do livro Suburbano Convicto – Pelas periferias do Brasil, colunista do site Ciranda Internacional de Informação Independente, e do Literatura Periférica defendendo as causas da cultura hip hop. (leia-se rap e funk neste contexto)Voluntária de trabalhos com hip hop na periferia, atualmente atuando como repórter no Jornal Mantiqueira, idealizadora da série de reportagens Ás Margens da Sociedade, com pessoas de muito conteúdo e excluídas do restante da população.
Mantém o blog Cultura Marginal: www.jessicabalbino.blogspot.com
jessica@mantiqueira.inf.br
Jornal Boletim do Kaos chega ao fim ( mas pode voltar...)
Foram 9 edições, de abril à dezembro de 2009, com um conteúdo elogiado pelo público e critica.
Com certeza fizemos a nossa parte, eu (Buzo) e o Alexandre de Maio, editores do Jornal Boletim do Kaos que temporariamente sai de circulação.
Não renovamos o apoio de gráfica e custos com o atual patrocinador e sem isso é impossível circular (10 mil exemplares por mês, gratís).
Nunca rolou muito o lado comercial, foram poucos anuncios pagos e com eles é impossível manter o jornal nas ruas.
Vamos começar a procurar um novo parceiro para bancar a gráfica e custos, anunciamos se tiver alguma novidade.
Também tem o VAI da PMSP, inscrevemos o jornal lá e se aprovado, serão 6 edições com 5 mil exemplares, resposta no final de março.
A vida segue e o futuro a Deus pertence..........
Alessandro Buzo e Alexandre de Maio
editores do Boletim do Kaos
www.boletimdokaos.blogspot.com
boletimdokaos@hotmail.com
Outubro de 2009
dezembro de 2009
* Temos essas 3 ultimas edições, disponível na.........
Livraria Suburbano Convicto
Rua 13 de Maio, 70 - 2o andar (11) 2569-9151
suburbanoconvicto@hotmail.com
*** REPERCUSSÃO ***
Nelson Maca disse...
Maquinista,
eu tava pensando em dizer que é inacreditável essa notícia... mas, infelizmente é acreditável!
Enfim, INCOMPREENSÌVEL!
Parabéns a você e ao Alexandre de Maio pelo projeto do Boletim do Kaos; e muito obrigado por terem dedicado tudo isso a nós... da rua... das letras... das rimas...
É lógico que espero que o jornal volte ainda mais forte e sempre orgulhoso de si...
Mas queria mesmo era dizer a todos que frequentam aqui que não é você e o Alexandre que perdem com este intervalo do jornal, mas a lteratura periféria, marginal, quilombola.. Divergente!
Enfim, todos nós perdemos um pouco da voz!
Juntos!!
Nelson Maca
Suburbano Convicto BA
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Buzo faz 10 anos
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Tempos Modernos
"Escritas dos tempos modernos...
relatam verões que viraram invernos...
foices e martelos...
romanos de hoje vestem ternos...
manchando de vermelho o verde e amarelo..
castas que impedem a evolução...
põe na masmorra uma nação...
desde sua fundação...
corra ou morra por inanição...
de amor...respeito e atenção
felicidade tá no prêmio de 1 milhão
chapéu atolado tirou-lhe a visão
Na morte e porque não na vida??...
todos somos iguais
Caranguejo é que anda pra atrás
Meu sonho de consumo é a paz
Se a arte imitar a vida
A poesia fica acida e o quadro cinza
Marcha funebre pro palhaço ranzinza
Ciclo vicioso…efeito contagioso
Meia e cueca faz a vez de bolso
Relaxei mais não cheguei ao gozo
No espelho vi a cara do bozo
É oito ou oitenta
Frases otimistas estampam camisetas
Soldados do bem portam escopeta
Pro olho alheio colirio de pimenta
Lagrimas porque o filme é triste
Passarinho na gaiola tem que cantar
por água e alpiste
O coração é duro…resiste
A fe tá de muleta…mais persiste
O sangue é caiçara…acredite
Pros pé de breque
Meu dedo médio segue em riste!"
Tubarão
O lixo nosso de cada dia
Para os apaixonados, a unidade de classes se dá única e exclusivamente no amor. Para os revolucionários, na luta. Para os céticos, na morte.
Para além dessas linhas de pensamento está a de que somos todos iguais no lixo.
Dizem que uma das melhores formas de se conhecer uma pessoa é examinar seu lixo.
Pode parecer desagradável, mas os materiais que compõem o lixo e a forma como ele é organizado revelam muito sobre seu dono.
De maneira gradativa, na lixeira de casa, no contêiner do condomínio, no caminhão de lixo e nos aterros sanitários as identidades se misturam.
Independentemente de posição social, crença, origem, idade... tudo e todos se encontram no lixo que decompõe parte de nossa história.
São sobras de refeições, contas vencidas, notícias caducas, cartas rasgadas, embalagens vazias, roupas desbotadas...
São inúmeras cores, cheiros e sabores se misturando sem preconceitos ou pudores.
Pensando nisso, dever-nos-íamos dar mais valor ao lixo nosso de cada dia.
Nossa produção de resíduos é tão vertiginosa quanto nosso consumismo. Em média, um ser humano produz cinco quilos de lixo por semana.
É comum pensar que o lixo não é um problema nosso, afinal é papel do Estado manter a cidade limpa. Cobram-se, inclusive, impostos por isso, não é?
Esse raciocínio simplista tem transformado a "vida refugada" em um dos mais graves problemas sociais da atualidade.
As enchentes de verão atestam a estimativa de que pelo menos 30% do lixo brasileiro ficam espalhados pelas ruas das grandes cidades.
Quase 90% das mais de 240 mil toneladas de lixo produzidas por dia no Brasil são jogadas a céu aberto.
Para agravar a situação, a miséria e a falta de oportunidades levam pessoas a viverem no entorno desses lixões, comendo e vendendo o que ainda pode ser aproveitado.
Recentemente, uma menina de 15 anos morreu depois de ter sido atropelada por um trator no lixão da Estrutural, que fica a 10 quilômetros do centro de Brasília.
O lixo cresce como reflexo de uma sociedade não adepta a uma série de práticas como redução, reciclagem e reutilização.
Como remete à sujeira, ao fedor e à tragédia humana, o tema em questão é visto e tratado pelos políticos como uma coisa menor que não rende mídia e voto.
Não é à toa que a reciclagem no Brasil representa somente 2% do total do lixo gerado.
Embora os dejetos variem de acordo com as características econômicas, sociais e culturais de quem o produz, vivemos no mesmo planeta.
É esse fato que faz com que o lixo obrigatoriamente nos una.
Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de poesia e literatura www.danielcampos.biz