Cansei de tanta agonia nessa porra,
Desilusão extrema, sem que ninguém socorra.
Sonhos destroçados embaixo dos escombros,
Porque tanto é suportado nos ombros.
Não é de hoje que o álcool ta presente,
Nos lares das pessoas agindo covardemente.
Destruindo famílias, selando o constrangimento,
Vício incurável se pá outro sepultamento.
Gera lucro, estimula o capital que existe,
Maldição capitalista que o governo permite.
Então cada vez mais enfermos nos hospitais,
Que já era precário se torna mais ineficaz.
Assim como também é a droga do cigarro,
Prejudica até um feto que está sendo gerado.
Muitos concordam, assinam a situação,
Caminhando pro abismo sem chance de salvação.
Porque desolação é o que realmente sobra,
Picadilha genocida, maluco o bagulho é foda.
Tem de tudo aqui sobra cena de descaso,
Crianças com sarna, piolho, catarro.
Barriga grande, tipo cheio de lombriga,
Brincando no esgoto 24 h por dia.
Não foi prá escola porque não tinha merenda,
Nem professor, nem cadeira, nem mesa, entenda.
Os gritos que vem da frente do bote,
É o pai embriagado meio dia já de porre.
Disse que bebe prá esquecer as mazelas,
O desemprego, a fome, a vida dura da favela.
Cansei de tanta agonia e ganância,
Cansei de ver o sofrimento das crianças
Cansei de um sonho que não se alcança,
Viver sem esperança, prá que camisa branca.
artístico né!
ResponderExcluirmuito da hora!